Criação de marca: 3 dicas de ouro para evitar problemas no futuro

O processo de criação de marca costuma ser bastante empolgante. Porém, existem alguns desafios no caminho, que vão desde o processo criativo até obrigações jurídicas, como a necessidade de verificar a viabilidade para registrar a marca no INPI, além de todo o processo de registro em si, que envolve uma série de variáveis.

Quando falamos do mercado atual, sobretudo nos setores mais ligados à inovação, esses desafios são ainda maiores, por conta da concorrência acirrada e do processo acelerado de evolução tecnológica, que muitas vezes determina o sucesso futuro da empresa.

Neste artigo, traremos algumas dicas para criar uma marca, acrescentando alguns pontos essenciais na perspectiva da propriedade intelectual, que todos os empreendedores, designers, equipes de marketing, dentre outros, devem saber antes de começar. Boa leitura!

Dicas para a criação de marca

Vale ressaltar que a criação de uma marca passa por várias etapas e profissionais, sob diferentes perspectivas. Aqui, como a minha especialidade é a propriedade intelectual, vou apresentar 3 dicas complementares, que vão ajudar a sua empresa a evitar surpresas negativas na hora de registrar a marca que acabaram de criar.

1. A criação de marca começa pelo nome

É chover no molhado o que eu vou dizer, mas uma marca diferenciada começa pelo nome. Uma ou duas palavras que dizem tudo sobre a sua empresa ou produto. São nomes que sintetizam quem você é e o que você faz, com quem se relaciona, que se destacam dos concorrentes e são fáceis de escrever, pronunciar e lembrar.

Portanto, considere esses e outros fatores desde o processo de brainstorm, submetendo as as hipóteses à opinião pública, através de pesquisas de mercado, que visem mensurar a aceitação dos possíveis nomes da marca perante o seu público-alvo. Eu também diria para fugir de nomes comuns ou genéricos demais, que seriam apenas mais um no meio da multidão (concorrência).

Por fim, a dica de ouro, que a maioria dos designers e empreendedores deixa passar, é fazer previamente uma consulta de viabilidade desses nomes, para saber se é possível fazer o registro da marca no INPI. Não adianta nada fazer uma pesquisa de mercado e depois descobrir que o nome vencedor já tem outro dono e não pode ser registrado.

2. Logotipo e identidade visual com elementos distintivos

Quantas marcas não somos capazes de reconhecer só de olhar para o logo? Ou ainda, quantas vezes não nos conectamos com a identidade visual de uma marca? Coca-Cola não é apenas um nome. O “meu roxinho” do Nubank não é apenas uma cor. São marcas que unem a escolha de um nome único com logotipos e identidades visuais igualmente diferenciadas.

Nessa etapa da criação de marca, portanto, se você está no time dos empreendedores, é a hora de acionar os designers, que são os profissionais com a expertise necessária.

Mas aqui a dica que merece atenção diz respeito aos elementos distintivos que devem constar no seu logotipo, pensando nas possíveis formas de apresentação da sua marca. Na perspectiva da propriedade intelectual, quando você for tentar registrar a marca recém criada no INPI, existem 4 formas de apresentação possíveis:

  • Nominal: quando o pedido de registro é referente apenas ao nome da marca;
  • Figurativa: a apresentação figurativa, ou emblemática, diz respeito somente ao elemento figurativo da marca, ou seja, o seu logotipo;
  • Mista: a apresentação mista é a mais utilizada para identificar marcas, pois visa proteger tanto o elemento nominal quanto o elemento figurativo da marca que se pretende registrar;
  • Tridimensional: é aquela forma que diferencia um produto do outro, seja por sua embalagem única ou pela sua forma plástica em si, como a embalagem do chocolate Toblerone, por exemplo.

É fundamental que empreendedores e designer tenham isso em mente antes de desenvolver uma nova marca.

3. Pense em escala e conheça as classes de registro de marca

A marca ou produto que você está criando pretende ter um alcance local, regional, nacional ou global? O seu plano de negócios já tem no horizonte futuro desenvolver novas formas de atuação, como a criação de franquias, expansão de serviços ou licenciamento de marca?

Tudo isso é importante de tantas formas, que eu não sei por onde começar. Então vamos optar pelo básico: em termos de nome, se você quer que a sua marca seja aceita nacionalmente, não deverá escolher um nome estritamente regional. O mesmo pensamento vale para a criação de logotipo e da identidade visual.

Até aqui tudo bem. Mas a encrenca começa, novamente, na hora de registrar a marca no INPI. A maioria dos empreendedores e designers não tem conhecimento sobre o que são e quais são as classes de registro em que precisam registrar suas marcas.

Então eu explico e essa é a terceira dica: existem listas de classes de produtos e serviços que abrangem às mais diversas áreas e formas de atuação, sendo que muitas vezes uma mesma marca se encaixa em mais de uma classe.

Por exemplo: Se você está no processo de criação de marca e pretende a partir dela produzir e comercializar roupas com essa marca estampada, será necessário fazer o registro nas classes 25 (que diz respeito à produção de itens de vestuário) e 35 (que é referente ao comércio em geral de itens de vestuário).

Esse ponto vale para todas as marcas, desde vestuário, como citado, até Software como serviço (SaaS). Por isso a importância de saber o alcance desejado para a sua marca e verificar as classes em que o registro se faz necessário.

Conclusão

O objetivo deste artigo era trazer a parte “chata”, digamos, das etapas de criação de marca. São obrigações jurídicas, consultas de viabilidade e conhecimentos prévios, que muitas vezes passam longe do exercício criativo e acabam gerando dores de cabeça desnecessárias no futuro. Em muitos casos, pode levar o empreendedor a pagar multas elevadas e perder o direito de uso da própria marca, caso outra pessoa já tenha feito o registro do mesmo nome ou de alguma variação muito próxima para as mesmas classes.

Mas agora vem a boa notícia. Do ponto de vista de empreendedores e designers, o mais importante é tomar conhecimento dessas dicas, porém não é necessário aprender a fazer uma consulta de viabilidade de marca ou decorar dezenas de classes de registro no INPI. Para isso existem profissionais especializados em propriedade intelectual, para ajudar a sua empresa a obter êxito no registro da marca.

Da mesma forma como os empreendedores e designers vão ter os seus papeis na etapa de criação, um especialista em registro de marca vai acompanhá-los para ajudar durante todo o processo de registro junto ao INPI.

Na GUIPI, por exemplo, você pode fazer uma consulta de viabilidade gratuita, para saber se a sua marca pode ser registrada. Em até 24h nós enviamos o resultado da análise no seu e-mail.

Consulte a disponibilidade da sua marca

    Consulte a disponibilidade da sua marca

    Consulte a disponibilidade da sua marca

      Guilherme Lemos Ramos

      Guilherme Lemos Ramos

      Artigos relacionados